sexta-feira, 26 de abril de 2024

LIBERDADE...


Neste dia, do fundo da alma um grito soou,

Da alma dum povo  oprimido

Antes, um mero gemido,

Hoje a pomba branca que voou.


Numa madrugada tocou o hino,

Numa manhã nasceu a esperança, 

Numa tarde, os cravos, a confiança,

E, numa noite, o futuro, o destino...


Liberdade. Liberdade. Liberdade...

Ecos do meu país que inspiram o mundo...

Ecos de um povo sem igual...


Liberdade, Liberdade, Liberdade ...

Pelo sangue de quem lutou e sacrificou tudo...

Pela liberdade... por PORTUGAL.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O teu poema...

Eu sei que não é muito, mas é o melhor que tenho para te dar...

O meu presente é simples... um poema para ti, só teu... 

Espero que não rejeites estas curtas palavras que escrevo...

Para te dizer ao ouvido o que representas para mim.


Quando me perco nos teus braços nada mais existe, fico preso em ti, com falta de ar...

E aguardo sufocado aquele sorriso que ilumina o céu 

E que tão poucas vezes no teu rosto o descrevo...

Quando me elogias, tão poucas são essas vezes também assim,

Que parece que expludo de felicidade por saber que te faço feliz.

Quando me dás carinho, fecho os olhos à espera do sonho terminar...

Tão poucas vezes o sinto... que mal consigo acreditar que me amas...


Mas, meu deus, nada se compara a quando sorris...

Esses lábios rosados, felizes, abertos de par em par, 

São tudo para mim, deixam o meu coração em chamas...


E agora podes dizer a toda a gente que este poema é teu...

Pode ser muito simples, mas agora, agora que acabei, 

Espero ver os teus lábios abrir um pouco... e ficares a sorrir na cama... 

Com este pequeno presente meu.

Barco Negro...

Na areia da praia onde me perdi nos teus braços,

Choro em cada hora do dia, desesperada,

Com o meu coração em pedaços,

Com a  minha voz rouca...e com a minha face desgrenhada...


Grito por ti, choro por ti! Sinto-te em mim! Tu não partiste!!!!! Tu não partiste!!!

Os grãos de areia cobrem o meu seio ofegante...

As ondas cobrem os meus olhos com a escuridão que persiste...

Num grito louco e exasperante...


Eles veem de novo  as velas que soltaste,

No dia em que voltaste,

Para longe de mim...


Como um esquife, o teu barco negro levou-te!

Esse barco negro, ingrato, que lá fundo deixou-te...

E eu, navegando este mar de levadia, entrego-me de novo a ti!!!



quinta-feira, 17 de março de 2022

Unik

Era um dia de sol brilhante,

Os meus cabelos esvoaçavam ao sabor do vento

O meu corcel lindo, deslumbrante,

Carregava-me em passo lento.

 

Ela, de um castanho claro reluzente,

Era forte e segura, no trote que fazia…

Sentia-me livre, com ela indiferente

À felicidade que sentia.

 

A minha égua imponente, de rédea solta,

Entre árvores, flores e relva fresca… envolvente…

Com um cheiro doce e de orvalho vestida…

 

Desmontei. Acariciei a crina revolta,

E o seu relinchar estridente

Ainda hoje me recorda a liberdade sentida.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Sem ti...

Eu não sonho mais,

Não sonho mais

Não tenho mais história


Sou desesperado sem ti

Sou feio sem ti

Como um órfão sozinho


Não quero viver a vida sem ti

Ela termina quando saio de ti

Só a dor fica de memória


E até a nossa cama

Se transforma numa arma

Quando levas o teu carinho 


Eu estou doente

Completamente doente

Como um menino abandonado...

Sozinho com meu desespero


Eu estou doente

Completamente doente

Eu estou sofrendo e nem sabes quando

Vais e não te importas


És um pecado

E vivo por penitência

Exausto e cansado

Espero, espero, espero...


Bebo todas as noites

Mas todos os copos sabem ao mesmo

Sou como um pássaro morto

E tu estás só e dormindo


Sem ti não tenho músicas

Não tenho palavras

Era poetas nas horas vagas

Mas sem ti vou morrendo sozinho


Ouço minha própria voz que canta...

Sem ti....

Sem ti...

A minha vida sem ti, não faz sentido....

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Balada de Coimbra....

Quando o Mondego te vem beijar,

Nos teus lábios de prata,

Coimbra cerras teu olhar

E molhas teus cabelos com água...


O Rio entra em teu regaço

Como espuma fértil de Milo,

E tu libertas-te do seu abraço

Prostrada com o cansaço e o arrepio....


Embaraçada deixa-lo correr

Desenfreado para a Foz,

Choras vendo-o partir a sofrer

E cantam a saudade a uma só voz...


Coimbra, teus lábios e olhos fechados,

São a luz que nos dá vida,

Somos teus filhos amados

E tua saudade a nossa sina...

domingo, 14 de novembro de 2021

How Does A Moment Last Forever

Como um momento se torna eterno?

Como uma história, intemporal?

Mantendo o amor que a fez nascer...


Não é fácil, mas tentamos, com carinho terno...

Com uma vontade imortal

Que torna os meses em segundos a morrer...


Os regressos são sempre exultantes,

As partidas, sempre soturnas...

Mas sabemos que é efémero e passageiro 

O mar que as afasta levemente...


Estamos sempre unidos e expetantes...

Nesses minutos, nessas horas contínuas...

Mas, tesouro, é o nosso amor verdadeiro,

O rio que nos une eternamente. 

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

A time...

Em cada vida há um tempo para tudo...

Um tempo para nascer, para crescer, para brincar,

Um tempo para amar, para sonhar, para sofrer...

Um tempo para aprender, para lutar, para desesperar e para esmorecer...

Um tempo para pensar, para ganhar e para perder...


Há um tempo para a guerra e um tempo para a paz,

Um tempo para adoecer, para curar, para viver...

Um tempo para te encontrar, para te querer e me apaixonar...

Um tempo para te dizer que o tempo foge e quero parar, para te amar...

Que quero que não haja mais nenhum tempo nem distâncias entre nós...

Um tempo para te mostrar que o instante que nos une é eterno...


Há um tempo para abraços, para beijos, para tudo o que temos direito...

Há um tempo que foge... foge.... foge...

Há um tempo que se expande para o infinito, mil vezes mais veloz do que a luz,

Um tempo que não retorna, que transforma e que fortalece...

E sempre que o tempo nos tira o tempo de estarmos a sós e nos deixa sozinhos

É tempo de dizer ao tempo que volte atrás e não nos tire o tempo que temos para amar... 



sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Our Love Story...

Como começo a contar a história do nosso amor?
Foi numa noite quente em que te conheci.
Tanto por descobrir, na pele molhada que senti
No toque que prometeste, no teu sabor...

Pode o nosso amor ser medido pelos segundos que partilhámos?
Tantas promessas feitas, tantos prazeres negados...
E com cada pedaço de ti que via
O meu amor só  crescia, crescia, crescia...
 
Fulminantes como raios, rasgámos inibições e roupas suadas,
Corações em sintonia que se encontraram nesse dia
E que se juntaram eternamente...
 
Terá sido amor à primeira vista, não foi certamente...
Mas por cada olhar trocado, por cada momento que fugia,
Queríamos mais as nossas almas em promessas caladas...

Como começámos não importa, a não ser para as nossas memórias ardentes...
Como continuámos é que tornou a paixão em melodia...
Mas como estamos em cada momento é que interessa...
 
Desconhecidos, amantes, amigos, inseparáveis confidentes... 
Uma história que se renova em cada dia...
Saudosa, alegre, apaixonada, por vezes triste, mas imune a tudo o que aconteça...
 

 

 


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Neve nos teus cabelos...

Teclas gastas chamam pelas carícias dos meus dedos...
Ansiosas como uma noiva na noite de núpcias,
Olho para elas e lembro flocos de neve no teu cabelo...
Que saudades desses dias, dos medos que ambos partilhámos e que vencemos...
Que esperança no futuro... de revê-los a adornar o teu semblante que me enlouquece...

Teclas gastas, dedilhadas como cordas de uma viola numa melodia suave...
Trémulas com a precisão de cada toque, que descreve o que elas sentem.
Olho para elas e vejo a composição aparecer como um quadro a ser pintado...
E as palavras, que se atropelam, saem dos meus dedos qual tinta num quadro abstrato...
Quais gemidos matinais de quem se ama de verdade... desconexos, mas expressivos.

Teclas gastas, teclas silenciosas agora... depois da mensagem escrita,
A melodia confunde-se com a imagem criada...
E a obra nasce, com sentimento, com a certeza que os teus olhos se lembram do que descrevo...
Uma imagem que nos liga, e nos relembra de felicidade conjunta, nesses dias inaugurais...
Tanta quanto os flocos de neve no teu cabelo.

E, pelos teus olhos generosos, o teu coração sorri...
Olha para o lado e vê a obra-prima que criámos...
Em paz, feliz...
Dos meus dedos, aos teus olhos, ao teu coração...
De mim e de ti... 
E eu, a pensar na neve nos teus cabelos... adormeço para sonhar acordar ao teu lado...


sábado, 19 de outubro de 2019

In our precious baby’s eyes



I wake up every morning
With hope in my dreams...
And when I look to my side, darling,
Your awaking eyes also share them, it seems.

Those dreams live up to reality
In every day we share our lives…
And the cold wind of sadness
Only blows when we are apart.

Every thing that binds us together, sadly,
Is also ripping the joy from my eyes.
For our needs and our angel’s
Send me away, dare me to part…

But that challenge that I embrace, with your sad blessing.
Is the same that haunts my dreams, and gives them faith,
In that same hope shared by our awaking eyes.

Baby, let’s dream on together, together, in the cold, fighting,
Let’s dream on wanting a brighter light
To shine, forever, in our precious baby’s eyes.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Voltar... .... Voltar!!!

Voltei, sem querer, a uma terra distante, sozinho, sem nada.
Voltei a braços abertos de amizades estrangeiras que ficaram,
Sentindo a dor de quem quer voltar a uma terra minada
E sabe que tem de aguentar a vontade dos que voltaram.

E dos que vivem uma esperança diferente,
Porque amarrada a um futuro estranho...
Todo ele dependente do passado...

Esses abraços passageiros vieram e foram...
Agradáveis nos sorrisos que demonstram...
Mas todos os sorrisos desvanecem
Quando entram em cena os que não desaparecem.
E se mantêm sem mudar nada.

E foi assim, o primeiro dia passado de um futuro semelhante...
Marejado de lágrimas de saudade, porque longe de quem me dá vida constantemente.

Voltei... e que estranho foi voltar...
Voltei e, adivinhem... quero já, já, já voltar...
Para onde estava antes de.... ...... ..... voltar..


domingo, 3 de maio de 2015

Sons do lar...

Vejo, por milagre dos tempos novos, imagens do meu lar distante...
Ouço sons de alegria e de saudade...
Sinto na pele as cócegas de dedos que arrancam a verdade
Com a tortura de um riso sufocante...

Sufocante porque me deixa lavado em lágrimas...
E estas são de alegria e de saudade,
De dor e de solidão,
De felicidade e de amor,
De dor e de emoção...

Mas este riso inebriante é a minha droga de eleição, 
E eu sou dependente voluntário,
Dependente sem redenção.

domingo, 15 de março de 2015

Acordar...

Acordei numa cama estranha... perdido...
Não é a minha, não a quero... nem agora nem nunca mais.
Acordei numa cama estranha, decidido
A não acordar nesta cama nem um dia mais.

Mas para a minha cama estar quente e feliz...
Tenho de acordar nesta cama estranha noites sem fim.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Voltei

Voltei a ter vontade de gritar para o mundo inteiro
A revolta de ter o leito vazio... e a alma cheia de saudade...
Voltei a ter vontade de mover céus e terra para deixar de sofrer em agonia...
Voltei a sentir, dilacerante, no peito, o frio intenso da solidão.

Voltei a pensar que não aguento sozinho este ostracismo derradeiro...
E todos os dias bebo ensandecido das tuas palavras o som da sanidade,
Voltei a perder-me na escuridão das ruas e a encontrar-me na claridade da tua alegria...
Que sei ser apenas uma fortaleza erguida por nós onde vivemos de paixão.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Lapso...

Os meus dedos pensam com o coração...
Com a alma que grita por ti...
Os meus dedos escrevem não
Quando ainda têm de dizer sim.

As minhas mãos rezam perdidas
Sabendo do ateísmo da realidade,
Mas escolhem doces mentiras
Dado o amargo da verdade...

Quarenta e oito horas de distância...
Sete mil quilómetros de solidão...
Estás hoje mais perto que ontem...
Mas ainda tão longe... tão longe... tão longe...

Passa um segundo... um minuto... uma hora...
E conto-os todos como um rosário de contas pretas...
Esperando expiar os meus pecados em teu seio brevemente,
Absolvido de tudo o que não te dei entretanto...
Por estar longe a cumprir penitências de pecados que não cometi.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Chuva de outono no verão de África

De manhã, na calma melancolia do ostracismo voluntário,
Ergo a cabeça da alva almofada para ouvir, silencioso,
O som grave da chuva de outono que cai, melodiosa, na terra vermelha...
Sonho, embalado pela chuva, com sentimentos distantes
Que apertam o meu coração solitário,
Porque são eles que me motivam e me atraiçoam
Tanto que não consigo sentir o calor do verão lá fora...
É um paradoxo que me alimenta... a vontade de estar longe
Com a necessidade de estar perto... de uma terra vermelha que alimenta...
O meu hoje e o meu futuro...
Que me enlouquece com saudades do meu passado...
Que me enfraquece com os risos que não ouço.

Esqueço,... porque a memória é dolorosa demais,
Mas logo essas lembranças flutuam no meu oceano de emoções...
Água trazida dos meus olhos para a terra vermelha que reflecte o meu semblante soturno
Ó maldita chuva de outono fria neste verão de África quente.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Esperança...

Tenho esperança num futuro que me impeça de estar longe.
Tenho esperança numa vida em que não estejamos afastados,
Tenho esperança num tempo em que possa estar sempre contigo
E tão feliz como sempre me sinto a pensar em ti.

Tenho esperança de estar acompanhado por ti nos nossos alvos lençóis
Todas as noites que queiramos
E que não tenhamos de deixar para amanhã
Os beijos que, longe, não damos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Claridade...

Todos os dias acordam sombrios, sem a cor do céu que me anima...
Todos os dias amanhecem de madrugada, sem aurora...
Todos os dias começam devagar, sem a excitação do teu corpo...
Todos os dias acabam com a claridade de saber que não quero ficar... longe da minha vida.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Fervente...

O meu coração arde por ti...
Quero os teus lábios perto dos meus a dizerem que me amam...
Beijando o meu corpo fervente de desejo.
Quero o calor dos teus olhos concentrado a queimarem-me a pele...
Despindo-me a roupa como um fogo de mato num verão escaldante.
E o teu corpo enrolado no meu como duas estrelas cadentes...

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Retorno...

Retornei ao estado de perdido mesmo antes de me ter encontrado...
Retornei às saudades constantes mesmo antes de estar saciado...
Retornei ao desespero quando pensei que estava calmo...
Retorno a cada segundo a amar-te tanto quanto se pode ser amado.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Metro...

Estava eu muito bem a explicar porque é que se deve melhorar o sistema de metro num dado país... quais os destinos a que este deve chegar, quantas estações devem criar, porquê, quais as funcionalidades de cada, etc...

E, de repente, no meio da multidão, alguém pergunta... metro???? mas como é que vai medir isso? com régua ou com fita?

domingo, 26 de outubro de 2014

O primeiro dia...

Sinto-me como se estivesse num primeiro dia de escola...
Apesar de já ter tido 24 nunca me imaginei tão longe a tê-lo.
E a distância pesa muito.

Sinto-me como se estivesse no primeiro dia do inferno...
Porque o meu corpo arde de saudades...
Mas será apenas um purgatório... porque volto...

E sei que o primeiro dia que me sustenta foi aquele em que te conheci...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Nostalgia...

A vida dá voltas e voltas e voltas...
Voltei a viver momentos vividos há vidas atrás
Quando vivia discussões estatísticas etéreas...
E voltei a saber o que sabia então...
Que é sempre bom pensar em diálogo com quem sabe...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Passado, presente e futuro...

Sentado quase no parapeito de um arranha-ceús moderno...
Num décimo terceiro andar envidraçado
Sinto a nostalgia de um passado
Espelhado nas faces cruas de prédios antigos...

Sentado, olho a imponência da sombra escura de outros prédios...
Que a cada dia diminui a vista deslumbrante do mar cinzento...
Prédios que crescem, crescem, crescem...
E deles o mundo e as pessoas parecem cada vez mais pequenas...

Sentado, neste futuro prédio pequeno,
Sonho com outras vistas da rua cinzenta...
Mais limpas, mais doces, mais quentes...
E sei que o futuro começa hoje.